terça-feira, 18 de junho de 2013

Sobre o assunto daquele único papo que você vai ter com o cara que vende açaí depois que aquela menina sair da lanchonete (ou não)

- Abaixa.

- O que?

- Abaixa cara, sai da frente.

- Sai da frente do que, porra?

- Dá licença caralho, abaixa, sai daí cara.

- Tá bom.

Eu só queria ver uma bunda mesmo, e o pior é que quase perdi ela. Mas ainda pude ver seu adeus vagaroso naquela calçada de Ipanema. Era uma bunda feliz, expressiva, ela quase falava. Imaginava que talvez aquela bunda falasse coisas muito mais interessantes do que sua dona. Será que eu ainda veria aquela bunda de novo? Quem sabe? Mas difícil, Ipanema é o lugar das bundas raras. Uma vez eu vi uma bunda maravilhosa, daquelas que se esconde embaixo de um shortinho florido tão curto que deixa a dobra entre a bunda e a coxa à mostra. E que coxa, que bunda, com covinha em cima e tudo. Aquela era definitivamente uma bunda dez, o conjunto era sensacional. Eu falava no celular há uns dez metros quando ela dobrou a Maria Quitéria; era guiado por aquele instinto que só os verdadeiros apreciadores de bundas entendem. Enfim, virei a esquina e a bunda tinha simplesmente sumido. E não foi a primeira vez. Não sei o que Ipanema faz com as bundas, realmente não sei, se fosse em Laranjeiras com certeza eu a veria de novo, mas só porque era Ipanema essas coisas resolvem acontecer.

Era só isso que eu queria falar mesmo, essa história tinha um propósito mas passou outra bunda por aqui, melhor deixar pra lá...

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