quarta-feira, 12 de junho de 2013

Uma e trinta e dois




Um silêncio marginal quebrado pelo som de uma profunda tragada, como o voo rasante de um pássaro no oceano, pra longe daqui, pra Búzios talvez - onde é sempre verão - mas sobre isso eu já escrevi. E como sempre a brasa, o filtro, o fim. E outros dezenove. Dezenove cigarros, dezenove anos. Mais um é vinte e vinte é um maço. Ontem eu andei sozinho pela Mém de Sá, um viado deu em cima de mim. Morar na Lapa é assim (eu não quis rimar).

Não tenho muito sobre o que escrever, às vezes eu acho que é tudo enrolação, tô aqui me enrolando, enrolando você, sabe, não parece muito justo. Mas de algum jeito estranho me enrolar com palavras me desenrola um pouco os pensamentos, que às vezes parecem um fio de fone de ouvido que ficou na mochila por mais de uma semana, ou talvez até um mês. Uma hora você vai ter que lidar com isso, né.


Algum dia eu arranjo alguma coisa realmente interessante pra dizer. Até lá a minha única certeza é que o Vasco ainda é uma merda.

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